Sequelas olfativas e gustativas após infecção por COVID-19: impacto em respostas sensoriais

Nome: MICHELLE FLORENZANO MOTA

Data de publicação: 25/04/2024

Banca:

Nome Papelordem decrescente
TARCISIO LIMA FILHO Coorientador
VALÉRIA PAULA RODRIGUES MINIM Examinador Externo
SERGIO HENRIQUES SARAIVA Examinador Interno
SUZANA MARIA DELLA LUCIA Presidente

Resumo: A doença conhecida como Coronavirus Disease 2019 (COVID-19), causada pela síndrome respiratória aguda grave em decorrência da infecção pelo coronavírus-2 (SARS-CoV-2), é uma doença pandêmica que tem ameaçado todo o mundo. A COVID-19 é caracterizada por uma variedade de manifestações clínicas e dentre os sintomas comuns incluem-se as alterações no olfato e, ou, paladar. Esses sentidos sensoriais são responsáveis por provocar importantes respostas emocionais nos seres humanos, além de estarem relacionados a alimentação, higiene pessoal e segurança. Diante disso, objetivou-se com este estudo caracterizar e investigar a prevalência de possíveis alterações na percepção sensorial de indivíduos que apresentaram perda total ou parcial do olfato e, ou paladar, quando infectados pelo novo coronavírus (GCA) e comparar com indivíduos que tiveram diagnóstico positivo da doença, porém não apresentaram alterações sensoriais (GSA), além de investigar se a perda ou redução da sensibilidade sensorial afeta as respostas afetivas dos consumidores, bem como a intensidade dos gostos básicos percebida ao longo do tempo e as sensações dominantes em alimentos. Para tanto, foi aplicado questionário online e realizadas sessões de testes sensoriais gustativos e olfativos, para determinação da concentração ideal de estímulos, limiares hedônicos, análise tempo-intensidade para os gostos básicos e dominância temporal de sensações, sendo os resultados comparados entre os dois grupos. Os dados apresentados mostram preocupação substancial quanto à qualidade de vida, higiene e segurança pessoal atribuível aos déficits olfativos e, ou gustativos ocasionados em indivíduos diagnosticados com COVID-19. Por meio da aplicação dos testes, foi possível identificar alterações na resposta afetiva dos participantes que apresentaram os distúrbios sensoriais em decorrência da COVID-19, sugerindo que a alteração da sensibilidade sensorial pode ser responsável por esse feito. Além disso, com os testes tempo-intensidade e dominância temporal de sensações, foi possível confirmar que a intensidade percebida pelos participantes com alterações sensoriais é menor, comparada com aqueles que não tiveram essas alterações, e que o GCA tem limitações na percepção de sensações dominantes em produtos alimentícios. Essas alterações nas respostas sensoriais são de extrema importância e preocupação substancial, sendo consideradas como problema de saúde pública, uma vez que a presença dos distúrbios sensoriais afeta de maneira drástica a qualidade de vida desses indivíduos, principalmente em relação a sua alimentação, em que os indivíduos acometidos necessitam de maiores concentrações dos estímulos, como sacarose e cloreto de sódio, do que indivíduos que não foram acometidos por esses sintomas.

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