Efeito do extrato de café verde (Coffea canephora) nas alterações morfofisiopatológicas colorretal e inflamatórias local e sistêmica, em modelo animal de carcinogênese.

Nome: CAROLINE WOELFFEL SILVA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 18/06/2021
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ANDRE GUSTAVO VASCONCELOS COSTA Orientador
POLLYANNA IBRAHIM SILVA Co-orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANDRE GUSTAVO VASCONCELOS COSTA Orientador
LEONARDO OLIVEIRA TRIVILIN Examinador Externo
MARIA DO CARMO GOUVEIA PELUZIO Examinador Externo
MIRELLE LOMAR VIANA Suplente Externo
NEUZA MARIA BRUNORO COSTA Examinador Interno

Páginas

Resumo: O câncer colorretal (CCR) é a quarta neoplasia maligna mais comumente diagnosticada no mundo. O processo inflamatório e o estresse oxidativo são mecanismos envolvidos no desenvolvimento da carcinogênese. Assim, objetivou-se avaliar o efeito do extrato aquoso de café verde em modelo in vivo de carcinogênese colorretal, por meio das alterações morfofisiopatológicas da mucosa colorretal e inflamatórias sistêmicas. Quarenta e oito ratos Wistar adultos foram divididos em quatro grupos (n=12): C (controle saudável alimentado com dieta AIN-93 M), T (induzidos ao CCR e alimentados com dieta AIN-93 M), CCV (controle saudável alimentado com dieta AIN-93 M + extrato de café verde), TCV (induzidos ao CCR e alimentados com dieta AIN-93 M + extrato de café verde). A carcinogênese foi induzida nos grupos T e TCV, com 1,2-dimetilhidrazina (55 mg/kg, viu subcutânea, semanalmente), durante cinco semanas. Durante a indução, todos os grupos receberam dieta padrão AIN-93 M. Da 6ª a 15ª semana, os grupos experimentais foram alimentados com suas respectivas dietas. Ao final da 10ª semana, quatro animais de cada grupo foram eutanasiados para coleta de dados referentes ao período pré-neoplásico. Os animais restantes (n=8/grupo) permaneceram no estudo até o final da 15ª semana, na qual realizou-se análise da permeabilidade intestinal por meio da coleta da urina de 24h após administração de lactulose (100 mg/kg) e manitol (50 mg/kg). Em seguida, os animais foram eutanasiados e coletados sangue para análise do perfil de citocinas pró e anti-inflamatórias e capacidade antioxidante total (CAT). O conteúdo do intestino grosso foi utilizado para análise do pH intraluminal, imunoglobulina A secretória (sIgA), e o tecido colorretal para avaliação das lesões macro e microscópicas da mucosa. O extrato de café verde e a indução do câncer não foram capazes de alterar o consumo, ganho de peso e coeficientes de eficiência alimentar e calórica. O pH intestinal foi significativamente maior no grupo CCV em comparação com o TCV. A permeabilidade intestinal encontrou-se aumentada no grupo T. O grupo TCV apresentou a maior contagem de FCA, sendo 51,1% maior em relação ao grupo T. A redução das alterações neoplásicas malignas foi de 42,84% e das benignas foi de 66,67% do grupo T para o grupo TCV, já em relação as alterações de crescimento houve redução de 33,33% e 20% das hiperplasias e displasias, respectivamente. Não se observou diferença significativa na quantificação de IgA entre os grupos experimentais. E tanto TCV quanto T mostraram valores elevados da capacidade antioxidante total sanguínea. Conclui-se que o extrato aquoso do café verde foi benéfico para a permeabilidade intestinal e controlou o desenvolvimento de neoplasmas em mucosa colorretal, sem interferência na inflamação sistêmica, com 10 semanas de ingestão diária, reforçando que o café verde diminui o risco de desenvolvimento da carcinogênese colorretal.

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