Produção, caracterização e aplicação de enzimas proteolíticas de Bacillus licheniformis CCMA 1674

Nome: MARIANA RODRIGUES LUGON DUTRA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 27/01/2023
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
RAQUEL VIEIRA DE CARVALHO Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ERICA CRUZ Examinador Externo
PATRICIA CAMPOS BERNARDES Suplente Interno
PRISCILLA CORTIZO COSTA PIERRO Suplente Externo
RAQUEL VIEIRA DE CARVALHO Orientador
SERGIO HENRIQUES SARAIVA Examinador Interno

Páginas

Resumo: Proteases são enzimas que hidrolisam ligações peptídicas de proteínas em peptídeos e aminoácidos. Embora existam várias fontes para obtenção de enzimas, as fontes microbianas têm dominado os setores industriais, devido à fácil disponibilidade e rápido crescimento dos microrganismos. O gênero bacteriano, Bacillus, tem se destacado no uso laboratorial e na produção comercial de proteases, pois são capazes de se desenvolver em condições extremas de temperatura e pH. Todos os anos, uma enorme quantidade de resíduos é gerada pelas agroindústrias. A tecnologia enzimática procura empregar esses resíduos agroindustriais baratos e renováveis como substrato para a produção de enzimas por meio de processos de fermentação, visando atender à crescente necessidade mundial. Resíduos sólidos gerados na cadeia produtiva da pesca e da aquicultura correspondem a 20% do volume produzido, apresentando alto teor de proteína bruta. A utilização desses,
como fonte de carbono, energia e nutrientes, tem garantido boa produção enzimática e redução dos custos dos processos industriais, além de ajudar a reduzir os impactos ambientais causados pelo descarte indevido. Neste contexto, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o potencial da produção de protease por Bacillus licheniformis CCMA 1674, em cultivos contendo farinha do resíduo do processamento de pescado. Ao longo de todo o processo fermentativo, quando o microrganismo foi incubado em temperatura de 37 °C a 150 rpm, a atividade máxima de protease (779,27 U/mL) foi
encontrada em meio contendo 0,5% de farinha de resíduo de pescado, pH 7 durante 72 horas. Os experimentos mostraram que a temperatura ótima de ação da enzima foi de 70 °C, pH 8,5, Mg2+ como íon estimulador e EDTA e 1-10 fenantrolina como inibidores. Quando em condições otimizadas durante 96 horas de fermentação, variando a concentração de farinha do resíduo do processamento de pescado e pH inicial, o ensaio com 1,05% de resíduo de pescado e pH inicial de 7,5 obtiveram os melhores valores na atividade da protease (821,01 U/mL). No estudo para aplicação da protease, utilizando caseína e resíduo de pescado como substrato, e testando duas temperaturas (70 °C e temperatura ambiente) observou-se maior atividade da enzima quando o resíduo de pescado foi utilizado em temperatura ambiente.

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