Utilização do resíduo do processamento de café Conilon na produção de avicelases por Bacillus licheniformis N378.
Nome: LEONARDO DA SILVA FREITAS
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 12/03/2020
Orientador:
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Papel |
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JUSSARA MOREIRA COELHO | Co-orientador |
RAQUEL VIEIRA DE CARVALHO | Orientador |
Banca:
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Papel |
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IARA REBOUÇAS PINHEIRO | Examinador Externo |
JUSSARA MOREIRA COELHO | Examinador Interno |
MARIA EMÍLIA RODRIGUES VALENTE | Suplente Externo |
POLLYANNA IBRAHIM SILVA | Suplente Interno |
RAQUEL VIEIRA DE CARVALHO | Orientador |
Resumo: O emprego de bioprocessos permite a produção de um grande número de metabólitos de interesse industrial, dentre eles, destacam-se as enzimas microbianas, que podem ser obtidas, inclusive, a partir do emprego de resíduos agroindustriais. A utilização destes, como fonte de substrato, tem garantido boa produção enzimática e redução dos custos do processo. Neste contexto, o presente trabalho teve como objetivo estudar o crescimento de bactérias Bacillus licheniformis, isoladas durante a secagem natural de frutos de café Conilon, no sul do Estado do Espírito Santo, bem como avaliar o potencial de síntese de avicelase em cultivos contendo casca de café Conilon. As cepas selecionadas foram avaliadas quanto a sua capacidade de crescimento e produção de celulases em meio contendo carboximetilcelulose. A cepa N378 foi selecionada para avaliar o efeito do meio e do tratamento da casca de café na síntese enzimática, por apresentar maior produção de celulases. A casca de café foi utilizada na forma in natura e tratada com solução alcalina NaOH 1 % (m/V). Foi observado que a bactéria apresentou bom crescimento ao longo de todo o processo fermentativo quando incubada em meio contendo casca de café tratada, pH 7,0, temperatura de 37 °C a 150 rpm, apresentando maior densidade ótica de 1,0 e maior atividade enzimática (12,93 U/mL) encontrada no tempo de 144 horas de incubação. Estudos sobre a caracterização parcial da avicelase revelaram que a enzima possui pH ótimo em 7,0 e temperatura ótima de 90 °C, quando incubada pelo período de 10 minutos. No estudo de estabilidade da enzima, observou-se que a enzima manteve cerca de 80% de sua atividade após 3 horas de incubação em pH 6,5 e 7,5, ou seja, em pH próximos ao ótimo. A termoestabilidade da avicelase revelou que nas temperaturas de 50 °C e 60 °C a enzima manteve cerca de 100 % da atividade e cerca de 50% da atividade quanto exposta a 70 °C e 80 °C por 1 hora. Durante 2 horas de incubação, a enzima manteve cerca de 15 % de atividade nas temperaturas de 50 °C e 60 °C. A presença de íons cloretos de Ca2+, Zn2+, Mn2+, Co2+ e Ba2+ e sulfatos de Mg2+, Fe2+ e Cu2+, mostrou redução na atividade relativa da enzima, assim como nas concentrações de NaCl testadas (1 5%). Assim, o microrganismo, Bacillus licheniformis N378, foi capaz de crescer e produzir avicelase em meio de cultivo contendo casca de café Conilon, sendo observado também, que o pré-tratamento no resíduo proporcionou maior produção de enzimas pelo microrganismo.