Influência da fermentação sobre as propriedades físico-químicas e sensoriais de café conilon (Coffea canephora Pierre Ex. Froehner variedade Vitória).
Nome: ESTEFÂNIA PECEGUEIRO PRUDÊNCIO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 23/02/2017
Orientador:
Nome | Papel |
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JUSSARA MOREIRA COELHO | Co-orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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ALDEMAR POLONINI MORELI | Examinador Externo |
ANTONIO MANOEL MARADINI FILHO | Suplente Externo |
JOEL CAMILO SOUZA CARNEIRO | Suplente Interno |
JUSSARA MOREIRA COELHO | Examinador Interno |
LUÍS CÉSAR DA SILVA | Orientador |
Páginas
Resumo: O café é uma commodity de importância econômica, em que a qualidade é relevante na comercialização do grão cru. As formas de condução da colheita, processamento e beneficiamento são importantes para a obtenção de uma bebida de qualidade. O café pode ser preparado por via seca, via semisseca e via úmida. No processamento via úmida, além da fermentação natural, podem-se adicionar enzimas ou inóculos para realizar a degomagem. Porém, deve-se ater às influências da fermentação induzida nas características do grão. Desse modo, este trabalho foi conduzido com o objetivo de avaliar a influência da fermentação induzida nas propriedades físico-químicas e sensoriais do café conilon. Os frutos de café conilon (Coffea canephora Pierre ex. Froehner), variedade Vitória, foram colhidos por derriça total e selecionados em estádio de maturação tipo cereja. O experimento foi conduzido em duas fases. Na primeira fase, empregando um delineamento fatorial, as amostras de frutos de café sanitizados e descascados foram adicionadas três inóculos: Saccharomyces cerevisiae, Brettanomyces bruxellensis trois e Saccharomyces bayanus, nas concentrações 0,00; 0,05; 0,10; 0,15 e 0,20% m m-1. Na segunda fase, foram comparadas as seguintes seis formas de processamento: via seca, via semisseca, via úmida, via semissólida via seca tradicional praticada pelo produtor e via úmida com adição das leveduras Saccharomyces cerevisiae, Brettanomyces bruxellensis trois, Saccharomyces bayanus na concentração 0,20% m m-1. As propriedades físico-químicas avaliadas, em ambas as fases, foram umidade, pH, acidez titulável total, atividade antioxidante, compostos fenólicos totais, cor, açúcar total e redutor, condutividade elétrica e lixiviação de potássio. Amostras beneficiadas da primeira e da segunda fase foram classificadas segundo tipo, peneira e bebida. Para primeira fase do experimento, não foram verificadas diferenças significativas entre os tratamentos para as propriedades físico-químicas umidade, pH, acidez titulável total, atividade antioxidante, compostos fenólicos totais, açúcar total e redutor, condutividade elétrica e lixiviação de potássio. Porém, verificou-se diferença significativa de cor nas coordenadas L*, a* e b*. As classificações por tipo, peneira e bebida não diferiram entre os tratamentos estudados. Para segunda fase, as propriedades físico-químicas umidade, pH, acidez titulável total, atividade antioxidante, compostos fenólicos totais, açúcar total e redutor, condutividade elétrica e lixiviação de potássio não diferiram. Porém, a análise de cor e as classificações por tipo, por peneira e sensorial diferiram entre as formas de processamento pós-colheita. A classificação por bebida demonstrou que o café fermentado com emprego de inóculos apresentou sabor e aroma distintos.