Biodisponibilidade de ferro e sua interação com a vitamina A em alimentos biofortificados.

Nome: PAULA TAVARES ANTUNES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 01/03/2018
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
NEUZA MARIA BRUNORO COSTA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANDRE GUSTAVO VASCONCELOS COSTA Suplente Interno
DANIELA DA SILVA OLIVEIRA Examinador Externo
MARIA DAS GRACAS VAZ TOSTES Examinador Externo
MIRELLE LOMAR VIANA Suplente Externo
NEUZA MARIA BRUNORO COSTA Orientador

Páginas

Resumo: Os hábitos alimentares inadequados levam à deficiência nutricionais na população, acarretando problemas de saúde pública. Para controlar esse déficit algumas tentativas vem sendo utilizadas, tais como os programas de suplementação, fortificação e a biofortificação. A biofortificação visa enriquecer alimentos básicos para a população, como feijão e mandioca com ferro, zinco e pró-vitamina A. A vitamina A pode influenciar no metabolismo do ferro, aumentando sua absorção e liberação dos estoques corporais, porém, pouco é conhecido sobre o seu papel na biodisponibilidade de ferro de alimentos biofortificados. Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito da vitamina A na biodisponibilidade de ferro em mistura de alimentos biofortificados. Foram utilizadas como matéria-prima feijão-caupi e mandioca bifortificados e convencionais. Inicialmente as amostras foram cozidas e moídas e após foram determinados a composição centesimal da matéria-prima e realizado um estudo in vivo, em ratos Wistar, 5 grupos de 8 animais, para se avaliar o ganho de hemoglobina, através do método de depleção-repleção e os efeitos do consumo da mistura de caupi e mandioca biofortificados em biomarcadores do metabolismo do ferro. Foi realizada análise de variância (ANOVA), seguida do teste de Tukey (p<0,05) para comparação entre os grupos experimentais.O feijão-caupi biofortificado (BRS Aracê) apresentou um aumento de aproximadamente 19,5% no teor de ferro em relação ao feijão-caupi convencional (BRS Nova era). Paralelamente, o feijão biofortificado apresentou maiores teores de fitatos, compostos fenólicos e de fibras em relação ao convencional. A relação molar fitato/ferro, entretanto, não diferiu entre os feijões caupi biofortificado e convencional, o que pode ter refletido no ganho de hemoglobina e HRE semelhantes entre os grupos, independente da presença de vitamina A. O feijão caupi biofortificado com ferro mostrou-se semelhante ao sulfato ferroso quanto à expressão das proteínas hefaestina e ferroportina, sugerindo uma maior eficiência na absorção intestinal de ferro. Por outro lado, o feijão convencional apresentou menor expressão de transferrina quando comparado com o grupo controle, sulfato ferroso, o que indica menor absorção do ferro nesses grupos. A expressão de ferritina no fígado foi menor no grupo alimentado com ambos os alimentos biofortificados (FBMB), o que pode indicar maior mobilização das reservas de ferro hepático na presença de vitamina A. Entretanto, não foi observada diferença entre os grupos quanto às demais proteínas analisadas, DCytB e DMT-1. Assim, o presente estudo aponta maior eficiência do feijão caupi biofortificado na biodisponibilidade de ferro, independente da presença da vitamina A.

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