Características físico-químicas, bioacessibilidade e biodisponibilidade de ferro do feijão-caupi biofortificado germinado.

Nome: CÍNTIA TOMAZ SANTANA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 02/08/2018
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
NEUZA MARIA BRUNORO COSTA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANDRE GUSTAVO VASCONCELOS COSTA Suplente Interno
EDUARDO FRIZZERA MEIRA Examinador Externo
MARIA DAS GRACAS VAZ TOSTES Examinador Externo
NEUZA MARIA BRUNORO COSTA Orientador
PRISCILA BRIGIDE Examinador Interno

Páginas

Resumo: O feijão fornece nutrientes essenciais, sendo considerado a melhor fonte de ferro entre os alimentos de origem vegetal. O feijão-caupi (Vigna unguiculata L. Walph) é consumido predominantemente no Norte e Nordeste do Brasil, e sua biofortificação com ferro visa reduzir as altas prevalências de anemia ferropriva nessas regiões. Alguns fatores antinutricionais presentes no feijão, estão relacionados com a capacidade de formar complexos insolúveis com minerais, ocasionando assim a redução de sua biodisponibilidade. Prioriza-se seu consumo na forma cozido, porém, na forma germinada pode melhorar a qualidade nutricional, levando a diminuição de alguns fatores antinutricionais e, consequentemente a maior biodisponibilidade de minerais. O objetivo do estudo foi verificar as características físico-químicas, bioacessibilidade e biodisponibilidade de ferro do feijão-caupi biofortificado germinado. Foi utilizado como matéria prima o feijão-caupi BRS Tumucumaque (biofortificado) e BRS Nova Era (convencional). Realizou-se a germinação e cozimento dos feijões e a caracterização físico-química (umidade, cinza, lipídeo, proteína, carboidrato, fibra, ferro, tanino, fitato, fenólicos totais) e cálculo da razão molar fitato-ferro. A bioacessibilidade de ferro foi determinada por meio de digestão in vitro. A biodisponibilidade foi avaliada pela metodologia de depleção/repleção utilizando ratos wistar com cinco grupos experimentais: sulfato ferroso (SF), Tumucumaque cozido (TC), Tumucumaque germinado (TG), Nova Era cozido (NC), Nova Era germinado (NG). Foi analisado o ganho de hemoglobina, Eficiência de regeneração de hemoglobina (HRE), Valor biológico relativo (RBV) e hepcidina sérica. Não houve diferença estatística ente o feijão germinado e cozido em relação à composição centesimal. O feijão biofortificado apresentou menor teor de lipídios e maiores de cinza e proteína (p≤0,05) em relação ao convencional. O cultivar biofortificado apresentou teor de ferro de 69,42 mg/kg para o cozido e 69,74 mg/kg para o germinado, e o convencional 47,15 mg/kg e 47,19 mg/kg para cozido e germinado, respectivamente, sem diferença estatística em relação ao cozimento e germinação. Os feijões germinados apresentaram teores de fitatos e taninos semelhantes ao cozimento. A razão molar fitato-ferro para todos os grupos não apresentaram diferença estatística. A bioacessibilidade in vitro de ferro dos feijões germinados apresentaram valores superiores (p≤0,05), em comparação com o cozimento. Não houve diferença estatística entre os grupos em relação aos parâmetros avaliando a biodisponibilidade de ferro in vivo. Os níveis séricos de hepcidina mantiveram valores semelhantes entre os grupos. A germinação demonstrou maior bioacessibilidade de ferro. A biodisponibilidade de ferro dos feijões biofortificados que foram germinados foi comparável ao sulfato ferroso. O processo de germinação do feijão pode ser considerado um método eficiente de consumo dessa leguminosa, apresentando boa bioacessibilidade e biodisponibilidade de ferro.

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