Ocorrência de alterações na percepção sensorial decorrentes da COVID-19.

Nome: BETSY GOIS SANTOS
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 16/09/2022
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
SUZANA MARIA DELLA LUCIA Orientador
TARCISIO LIMA FILHO Co-orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ALINE CRISTINA ARRUDA GONÇALVES Suplente Externo
ANDRE GUSTAVO VASCONCELOS COSTA Suplente Interno
JOEL CAMILO SOUZA CARNEIRO Examinador Interno
MÁRCIA CRISTINA TEIXEIRA RIBEIRO VIDIGAL Examinador Externo
SUZANA MARIA DELLA LUCIA Orientador

Páginas

Resumo: A doença conhecida como Coronavirus Disease 2019 (COVID-19), causada pela síndrome respiratória aguda grave em decorrência da infecção pelo coronavírus-2 (SARS-CoV-2), é uma doença infecciosa pandêmica que tem ameaçado todo o mundo. A COVID-19 é caracterizada por uma variedade de manifestações clínicas e dentre os sintomas comuns inclui-se a perda total ou parcial do olfato e, ou, paladar. Esses sentidos sensoriais são responsáveis por provocar importantes respostas emocionais nos seres humanos, além de estarem relacionados a alimentação, higiene pessoal e segurança. Diante disso, objetivou-se com este estudo caracterizar e investigar a prevalência de possíveis alterações na percepção sensorial de indivíduos que apresentaram perda total ou parcial do olfato e, ou paladar, quando infectados pelo novo coronavírus (grupo COVID) e comparar com indivíduos que não tiveram diagnóstico positivo da doença e não apresentaram nenhum sintoma associado (grupo Controle). Para tanto, foi aplicado questionário online e realizadas entrevistas remotas individuais com os participantes acometidos pelos distúrbios sensoriais, bem como realizadas sessões de testes sensoriais gustativos e olfativos, para determinação dos limiares de detecção e reconhecimento, bem como a quantificação da intensidade de gostos e odores, sendo os resultados comparados com a população que não apresentou diagnóstico positivo para a doença nem sintomas associados. Os resultados obtidos através dos questionários e entrevistas sugerem que a perda total ou parcial do olfato e, ou paladar são sintomas persistentes que podem ser considerados como preditores da infecção pelo novo coronavírus. Além disso, a associação com outros sintomas pode ser usada como ferramenta para identificar e diagnosticar o quanto antes a infecção, contribuindo para o isolamento precoce e, assim, limitando a disseminação da doença. Os dados apresentados mostram preocupação substancial quanto à qualidade de vida, higiene e segurança pessoal atribuível aos déficits olfativos e, ou gustativos ocasionados em indivíduos diagnosticados com COVID-19. Através da aplicação dos testes, foi possível identificar uma diminuição nas capacidades olfativas e gustativas nos participantes que apresentaram os distúrbios sensoriais em decorrência da COVID-19, sugerindo uma prevalência desses sintomas. Os dados obtidos suportam a afirmação de que a capacidade de reconhecimento, tanto para os gostos quanto para os odores, dos participantes do grupo COVID, está consideravelmente afetada quando comparada à do grupo Controle, sendo passível de mais estudos para verificar as consequências nesses indivíduos em longo prazo. A confirmação da prevalência desses distúrbios é de extrema importância e preocupação substancial, sendo considerados como problema de saúde pública, uma vez que a presença dos distúrbios sensoriais afeta de maneira drástica a qualidade de vida desses indivíduos em relação a sua alimentação, higiene pessoal, segurança, saúde física e mental.

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